Na tarde do última sábado (30/01), o Palmeiras conquistou o bicampeonato da Taça Commebol Libertadores, ao derrotar o Santos pelo placar de 1×0 no estádio do Maracanã. A escolha pelo palco da decisão foi feita antes mesma da competição começar, e quis o destino da bola que dois brasileiros chegassem ao duelo decisivo.
O fato de disputarem a final “em casa” beneficiou as duas equipes, já que em termos de logística, o Rio de Janeiro é o estado vizinho de São Paulo, o que reduz tempo e desgaste com viagens. Além disso, o estádio é palco mais do que conhecido dos jogadores dos dois times, já que tanto Palmeiras quanto Santos enfrentaram Flamengo e Fluminense na estádio da capital carioca durante o Campeonato Brasileiro desta temporada. Mas para alguns jogadores do Alviverde, jogar no Maracanã era quase uma rotina. É o caso de Emerson Santos, Felipe Melo, Luan Silva e Gustavo Scarpa , que defenderam clubes cariocas por várias temporadas. O Cariocou vai relembrar as passagens de cada jogador pelo futebol do Rio de Janeiro.
Felipe Melo
Revelado pelo Voltada Redonda, o volante – mas agora zagueiro- Felipe Melo começou sua carreira profissional em 2001 pelo Flamengo que, segundo o próprio jogador, é o seu clube de coração. Pelo Rubro-Negro, Felipe disputou 71 partidas e marcou 11 gols. O “Pitbull”, como é conhecido pelos torcedores, foi vendido em 2003 para o Cruzeiro, onde conquistou a tríplice coroa (Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro). Depois de passar por grêmio e de rodar o mundo (Espanha, Túrquia, Itália), Felipe retornou ao Brasil, em 2017. Cogitava-se que o jogador iria retornar ao Flamengo, mas acertou mesmo foi com o Verdão, onde ganhou, além da Libertadores dessa semana, um Campeonato Brasileiro (2018) e um Campeonato Paulista (2020).
Luan Garcia
Luan Garcia é cria da do Vasco da Gama. O jogador chegou ao clube carioca em 2006, quando tinha 13 anos, inclusive tendo completado seus estudos na escola Vasco da Gama. Pelo time de São Januário conquistou o Cariocão de 2015. O zagueiro também coleciona passagens pela seleção brasileira de base e foi campeão olímpico com a amarelinha em 2016, em pleno Maracanã. Depois de 11 anos, deixou o Cruz-Maltino e se transferiu para o Palmeiras, numa transação que custou cerca de R$ 10 milhões aos cofres do Verdão, por 60% dos seus direitos. Desde sua chegada ao time paulista conquistou, além da Libertadores, um Campeonato Brasileiro e um Campeonato Paulista.
Émerson Santos
Émerson Santos chegou á equipe sub-20 do Botafogo em 2013, ano que disputou a Copa São Paulo de Juniores. Em 2015 fez sua estreia profissional, no jogo contra o Capivariano, pela Copa do Brasil. Em 2017, depois de já ter se firmado na equipe titular do Alvinegro carioca, o zagueiro assinou um pré-contrato com o Palmeiras. A transferência de fato ocorreu no início de 2018 mas já no meio do ano já havia sido emprestado ao Internacional -RS. Retornou ao clube paulista no final de 2019. Além da Libertadores, conquistou o Paulistão de 2020.
Gustavo Scarpa
Gustavo Scarpa chegou às divisões de base do Fluminense em 2012, vindo do Desportivo Brasil, equipe de Porto Feliz, interior de São Paulo. Em 2014 fez sua estreia pelo time profissional, mas no ano seguinte foi emprestado ao Red Bull Brasil, para a disputa do Campeonato Paulista. Após o término da competição retornou para o clube das Laranjeiras, onde conquistou a Copa Primeira Liga em 216 e a Taça Guanabara em 2017, ano que também marcou sua primeira – e única- convocação para a seleção brasileira. No final de 2017 o jogador entrou com uma Ação na Justiça do Trabalho contra o Fluminense, pedindo a rescisão de seu contrato devido a atrasos salariais. Em janeiro a justiça acatou o pedido de Scarpa, que se transferiu para o Palmeiras. Em março de 2018 decisão, no entanto, foi derrubada e o atleta teve o seu contrato com o clube paulista rompido. Por esse motivo, ficou cerca de três meses sem poder atuar pelo Verdão. Apenas em junho, com um habeas corpus emitido pelo Tribunal Superior de Justiça, pôde assinar um novo vínculo com o clube de São Paulo. Em campo, conquistou, além da Libertadores, o Brasileirão de 2018 e a Campeonato Paulista de 2020.
Patrick de Paula
Além do quarteto, ainda tem o volante Patrick de Paula. O jovem não atuou profissionalmente no Rio de Janeiro, mas foi descoberto pelo Alviverde enquanto disputava a Taça das Favelas pelo Santa Margarida, bairro da Zona Oeste do Rio. Até 2017, ano que disputou sua última edição do campeonato das favelas, o jovem atleta vivia uma realidade completamente diferente da que vive hoje. Longe dos holofotes, Patrick era mais um menino que tentava transformar o seu sonho em realidade. Hoje o palmeirense vive essa realidade e inclusive falou sobre a emoção de conquistar um título tão importante no Templo do Futebol.
“Foi com dificuldade, com luta, com perseverança. Passando dificuldade dentro de casa… Hoje sou campeão da América na minha cidade. No Maracanã, onde eu sempre sonhei estar”, disse Patrick.
Cariocou 